segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Do Que É Feito O Amor

Engana-se quem pensa que o amor é feito de palavras bonitas. O amor é feito de olhares que dispensam explicações. De compreensões. De silêncios confortáveis e gestos de carinho.
O amor não requer manifestos contundentes e declarações exuberantes. Ele é feito de delicadezas. Sorrisos ao café-da-manhã, beijos de boa-noite, um copo d’água que não precisou ser pedido. Mãos dadas no sofá, cuidados na doença, conforto na tristeza.
O amor não nasce da sedução, do deslumbramento e da fascinação. A matéria-prima do amor é a verdade.
O amor não é uma promessa. Ele é presença.
O amor é feito de noites de sábado e de domingos de sol. É feito de jantares românticos em datas despretensiosas, mas também de manhãs chuvosas de segunda-feira.
O amor não é feito de opiniões sempre idênticas. Ele é feito de respeito às diferenças. E, apesar delas, de afinidade.
O amor não é uma revelação, ele é uma construção. Não é feito por pessoas infalíveis, mas por pessoas que perdoam. O amor não é feito de dor, mas quem ama não está imune a ela.
O amor tem algo de divino. E também tem um pouco de instinto.
Amor não é feito de romance, mas eles podem andar juntos. Amor às vezes é feito de amizade. Outras vezes, contém atração. Tem amor que é feito de infinito, e recebe o nome de “materno”.
O amor não é feito de arrebatamento, e sim de brandura, calor e aconchego. De incentivo, apoio e bem-querer. De confiança e de paz.
O amor é feito de tudo que aproxima, mas não aprisiona.

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