sábado, 1 de fevereiro de 2020

O amor não mudou, foram as pessoas que mudaram!


O que tristemente constato é que o amor está se tornando algo banalizado. As relações afetivas hoje criam nós, mas não, laços. A oferta é tanta, que não se faz mais necessária a procura. E as pessoas andam um tanto descrentes sobre os bons sentimentos verdadeiros.
O amor virou algo tão efêmero quanto o borbulhar do champagne.

Felizmente, ainda existe uma parcela de seres humanos que resistem, como eu! E fico muito feliz por ver que mais gente se junta a mim nesta causa. Por isso, eu lhe digo: Apegue-se!
Por favor, não entre na moda, desta vez. Com uma geração que exibe suas conquistas sem ter, de fato, conquistado ninguém, onde levantam seus troféus quem consegue ficar com o maior número de pessoas e manter-se sozinho… uma geração que fala com 12 pessoas ao mesmo tempo, mas não é capaz de desenvolver um diálogo cara a cara por mais de 15 minutos. Pessoas que acham demais saírem com 4 na mesma semana, mas que não têm uma sequer para ligar quando uma gripe bate, numa noite chuvosa em estado febril. Eu não consigo mesmo entender!

Quem enaltece o desapego, fingindo não se importar. Concordo plenamente que todo ser humano precisa empoderar-se! E que a gente só conhece a verdadeira felicidade quando consegue ser feliz por si próprio, se bastar. Mas, depois que aprendemos estas lições fundamentais e não passamos a DEPENDER mais de ninguém, apegar-nos torna-se algo delicioso.

Apegar-se não é tornar-se dependente. Apegar-se é ser livre o bastante para não ter medo.  O amor continua aí, aqui, em todo lugar. Pois o amor é a energia que rege este planeta.
Nós é que precisamos nos reconectar a ele, à esta energia vital e transformadora.

Então, pare de se iludir e forçar-se a aceitar situações que são inaceitáveis para o seu EU verdadeiro.
Que você fique SÓ, antes estar sozinho, em sua própria companhia sincera e amigável e com a possibilidade de encontrar alguém bacana, do que estar mal relacionado e condicionado à infelicidade e à eterna expectativa que a decisão de mudar o tipo de relacionamento que se tem parte da outra parte. Até quando vale a pena esperar? Até quando vale a pena usar esse subterfúgio de que “os tempos mudaram” para esconder os reais desejos do seu coração?
Os tempos mudaram. O amor, não.

Bruna Stamato - "Escritora

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