Engana-se quem pensa que o amor é feito de palavras bonitas. O amor é
feito de olhares que dispensam explicações. De compreensões. De silêncios
confortáveis e gestos de carinho.
O amor não requer manifestos contundentes e declarações exuberantes. Ele
é feito de delicadezas. Sorrisos ao café-da-manhã, beijos de boa-noite, um copo
d’água que não precisou ser pedido. Mãos dadas no sofá, cuidados na doença,
conforto na tristeza.
O amor não nasce da sedução, do deslumbramento e da fascinação. A
matéria-prima do amor é a verdade.
O amor não é uma promessa. Ele é presença.
O amor é feito de noites de sábado e de domingos de sol. É feito de
jantares românticos em datas despretensiosas, mas também de manhãs chuvosas de
segunda-feira.
O amor não é feito de opiniões sempre idênticas. Ele é feito de respeito
às diferenças. E, apesar delas, de afinidade.
O amor não é uma revelação, ele é uma construção. Não é feito por pessoas
infalíveis, mas por pessoas que perdoam. O amor não é feito de dor, mas quem
ama não está imune a ela.
O amor tem algo de divino. E também tem um pouco de instinto.
Amor não é feito de romance, mas eles podem andar juntos. Amor às vezes é
feito de amizade. Outras vezes, contém atração. Tem amor que é feito de
infinito, e recebe o nome de “materno”.
O amor não é feito de arrebatamento, e sim de brandura, calor e
aconchego. De incentivo, apoio e bem-querer. De confiança e de paz.
O amor é feito de tudo que aproxima, mas não aprisiona.
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