Numa noite de luar
Corpos que vão e que vêm
Num eterno bailar!
Bocas que se tocam
Num contínuo sussurrar
Palavras de amor e desejo
Para a volúpia despertar!
Bocas que se tocam
Sedentas para amar
Quantas coisas pra dizer
Mas o silêncio melhor dirá!
Bocas que se calam numa noite sem luar
Sem amantes, sem volúpias,
Sem corpos a bailar
Tingindo de negro, o agora triste luar!!
(Inezinha Resende)
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